segunda-feira, 3 de setembro de 2012


No dia que faremos amor pela primeira vez.


Eu quero um beijo daqueles no dia que fizermos amor pela primeira vez. Eu quero ouvir Nancy Sinatra misturada aos nossos suspiros e tentativas de recuperar o fôlego.  Eu quero as tuas coxas nuas, a tua boca úmida, e toda a umidade mais, no dia que fizermos amor pela primeira vez. Eu quero aqueles mesmos movimentos da tua língua em minha língua e em minha boca e fora dela.  Eu quero a tua cintura colada à minha cintura, mais perto, mais perto, mais perto. Eu te amo. E eu quero que você me diga eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo... Eu quero as portas fechadas. Eu quero a luz semiapagada, eu quero o telefone desligado.

Eu quero a cama bem arrumada. Depois bagunçada. Depois o chão, o banheiro, a cozinha. Eu quero as minhas mãos em você e as tuas mãos em mim, e a tua língua em mim, e eu em você. Em você. Em.

 Eu quero ver teus olhos. Ver você. Sorrir enquanto lhe vejo. E quero o nosso cansaço repetidas vezes. Quero  sentir o seu gosto palmo a palmo. Centímetro a centímetro. Que gosto tem o teu pescoço? Os teus seios? O teu umbigo? O teu quadril? Será que o tesão tem gosto? No dia que fizermos amor pela primeira vez.

Tomara, esteja  frio, no dia que fizermos amor pela primeira vez. 

Ramon C.

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