domingo, 15 de dezembro de 2013

eu fiz um poema.
rápido.
seco.
lindo.
falava de você, da sua lembrança.
da tatuagem que fiz de você por dentro.
das comidas que experimentei por você.
eu revolvi fazer um poema sobre as curvas do teu corpo.
sobre os beijos  seus em mim, na boca, na nuca, no peito.
eu tentei, por horas, fazer um poema de verdade.
que tivesse a palavra primavera, a palavra amor. e que amor tivesse muitos sentidos.
na eternidade. na cama.
eu tentei te fazer um poema vulcão. erupção. que , ao ser lido, fosse potente como um soco no estômago.
quis muito te dar o sangue que escorreu daquele corte.
você não me suportou... “quem suporta quem?”
e quando eu te perguntei “você me quer?”
você disse “sim, mas não inteiro”
você me cortou como num açougue, porque, afinal de contas
os homens estão aos pedaços mesmo.
eu não sou uma gravura. e por dentro eu sou um vendaval.
não existem vendavais na primavera,
e, nesse poema, só coube dor.

um poema sobre mim.

ramoncdezembro2013.

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