sexta-feira, 19 de outubro de 2012


É e há! Tem, talvez.


A literatura é um corte.
A literatura é a morte.
Há literatura na morte.
Há literatura na sorte.
A literatura é a sorte.
A literatura é um corte,
A literatura é amor.
Há literatura no amor.
Há literatura na dor,
No sabor,
No calor.
A literatura é o sabor,
É o calor, por que não?
A literatura é um pão!
Há literatura num pão!
No feijão
No estirão
Que a perna dá por conta do nervo...
A literatura é o frevo.
E mais, há literatura no frevo.
A Literatura em Pernambuco.
Há literatura de Pernambuco.
Após Pernambuco.
Pós-Pernambucana.
A literatura é a cana,
E há na cana literatura,
Tem literatura na altura.
Tem literatura no chão.
Tem literatura na mão.
A literatura é um corte.
Há literatura num corte,
Que sangra
Que inflama,
Se dana...
Há literatura na inflamação.
De garganta,
Do desejo.
A literatura é um beijo.
Há literatura num beijo.
A literatura é um corte.
Um corte desses profundos.
A literatura é um corte raso.
A literatura é um vaso.
Há literatura num vaso.
A literatura é o fim.
A literatura é o começo.
A literatura é ciência.
Há literatura na ciência.
A literatura é ansiosa.
Há literatura na paciência.
A literatura é paciência.
Reticência, reticência, reticência...

 ramon c.

Nenhum comentário:

Postar um comentário