quarta-feira, 3 de outubro de 2012

um bolero nordestino, uma xícara de café e a poeira acumulada.

sabe, compadre... envelhecemos querendo ou não. pegue um cabra destes metido a ser jovem e , veja, que a pochete logo tende a denunciar o cão. nem moda, nem destino... porra nenhuma acontece nessa vida que não a certeza do fim. vêm as primeiras bronhas, as menininhas querendo dá pra você, depois... é só se fodendo, e muito, que se entende a tal história de que todo mês vem conta, vem patrão, vem. só vem. segurar com mão é que não se pode. se segura com lembrança. a lembrança é a mão mais forte que tem pra segurar coisa velha. é só na cabeça do cabra que se segura um chifre daqueles, um nome no spc, a morte de alguém. nem tente... compadre... explicar que não pelo o que eu digo e atesto: homem de mão boa é aquele que tem cabeça a maldar coisa desde o passado à data de hoje. desses é que se há de ter medo. veja só, cê nem lembra de um xingo que deu num puto, ele vem, e te pega no susto.  cê nem lembra o que do de antes vem puxar teu pé em noite nevoenta. a vida é complicada... vem velho, vem moço... difícil é controlar quem é que te vem pra te pegar na esquina. toma essa café compadre, que o frio vem e gela o copo. bebe esse café que é o que te resta.

ramon c.

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