sexta-feira, 27 de junho de 2014



tem um tempo uma ideia suicida ronda minha cabeça. não a morte do corpo. a morte de um lugar. este. eu não caibo neste espaço mais.
já escrevo nesse ambiente que chamei, com doçura, texto íntimo há quatro anos. parece pouco, mas numa vida ainda curta, não é. foi assim: idos de 2010 e eu, cursando a graduação, queria um lugar para expor uma vontade, que não existe mais, “ser autor”. percebi, tem tempo, mas agora admito, que meu anseio primitivo não sustenta mais as linhas do que eu faço aqui.
sim, escrevo intimidades. não, não posso me considerar autor por isso.
minhas intimidades não interessam a ninguém e se, ao acaso, interessarem, dou-as. não tenho outra vontade senão dizer. dizer simplesmente.
essa é a morte de um espaço. é a terra morta, não o defunto. o morto é vivo. anda por aí, porque as palavras não morrem. as palavras não cessam de viver. por isso, só esta terra infértil não terá mais raízes germinando coisas. é um fim digno. um fim que existe porque não sou mais o mesmo de há quatro anos.
aos meus leitores, se há leitores, sinto muito. acho, de verdade, que eu terei outro lugar. mas esse ouro lugar ainda não existe. enfim. é uma morte de verdade.
meus caros.
Fim.

fim.
ramoncjunho2014.

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