segunda-feira, 23 de julho de 2012


Poema longo ( demais)


Ceder, ceder, ceder...
E quando eu não for mais eu?
De quem você vai gostar?
Você pede preu me mudar,
Moro longe, fui embora.
Pede preu rezar,
E meus joelhos, são puro sangue.
Você pede preu não contar:
Eu escondo, até de mim.
Você pede preu esperar,
Eu espero,  tiro o relógio que é herança,
de amigo, do mais querido.
Você pede preu ser paciente
e a enfermeira me mede a febre.
Você pede preu não dizer
e minha boca, de tão túmulo,
se alegra com um caixão pra dois.
Você pede preu ser direito:
E eu durmo cedo,
bebo pouco,
não trepo
e me concentro
( sem esforço).
Você pede andar na linha
e eu costuro como ninguém.
Pede pra não colocar alface no seu prato
e se colocam, viro vaca e como o seu.
E agora você pediu preu não ser seu namorado...
"Se der, se der, se der"
E o que você vai pedir depois?
Preu não ser eu?

Ramon C.
23/07/2012.

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