segunda-feira, 23 de julho de 2012


Tragédia Lusitana.



                Deu no jornal, destes vagabundos, que um português, destes tradicionais, fora brutalmente assassinado. O assassínio, tão brutal, logo estava no boca-boca e da Mooca ao Brás se ouvia, tal qual telefone-sem-fio, a respeito da coisa de tão terrível soava aos ouvidos dos que, de uma forma ou de outra, amavam o velho lusitano sem conhecê-lo assim tão bem. 
                Logo Arouche, Sé e toda a redondeza ouviam, falavam e repetiam  a novidade: Donas Marias, Seus Joãos, mas a coisa só ficou mesmo sabida por conta da internet: espalhou-se sem precedentes. Ninguém conseguia ser o mesmo depois de ouvir a respeito, sequer os pães eram pães ou cafés eram cafés. Nas padarias se pedia: - uma média, com um minas na canoa.
                E a cada vez que se falava o velho lusitano agonizava um tanto mais. Em uma cova quente, é verdade.

Ramon C.
23/07/2012

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