quarta-feira, 30 de maio de 2012

Se eu, por acaso, pôr no fogo um pouco de arroz pra combinar com o peixe grelhado. Se depois eu deixasse descansar sobre a mesa uma boa garrafa de vinho dos bem fraquinhos porque você é fraca para bebida. Se eu puser na agulha aquele Álbum de rock que tem a música mais sexy do mundo. Se eu escolher o lençol mais branco que há no guarda roupa, aquele que, ao deitar, sente-se um perfuminho de roupa lavada e  se sente um geladinho até que seu corpo, e o meu, aquecem o tecido por inteiro. Se eu fizer a barba para não lhe machucar ao beijar, se me encher de perfume para garantir que no primeiro abraço você saiba em que peito está, se eu pôr as minhas mãos na sua cintura e olhe nos seus olhos um segundo antes do beijo, e se eu lhe beijar com ternura, com doçura, com tesão, com paixão. Se eu te levar pra cama, antes que o vinho termine, antes do peixe ficar pronto, antes do arroz secar. Se não sairmos de lá por uma semana para descontar o tempo perdido. Se eu te fizesse café e levar na cama. Se te ensinar umas declinações em latim, e se eu ler pra você Clarice e Manuel, se eu fosse o mais claro, transparente em meu limite, será que você faria o favor de existir? Existir mais rápido, não fazer eu esperar tanto.

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