terça-feira, 22 de janeiro de 2013


quando se imagina seu tamanho,
ponha mais que a maior medida,
não é verdade, nem engano,
não é incerto, nem mentira.
não vê riqueza do seu bolso,
não vê idade, esse dilema,
não acha fundo o fundo poço,
se assemelha a um problema.
não assegura a mão materna,
não lhe protege a escritura,
dura uma noite eterna,
e quanto mais dói, mais dura.
não te ajuda ter um trevo,
não adianta a ferradura,
ter uma figa, não aconselho.
não há novena, nem macumba.
não existe o mais profundo apego,
que te proteja dessa usura,
não se paga um bom preço,
que lhe valha boa fuga.
não tem  idade que escape,
nem função que se evite,
nem o mais sábio sabe
um motivo que explique
que todo homem que nasce
lamentavelmente sofre,
e o sofrimento age,
independentemente da dose,
da posse,
da morte.

ramonc / triste sino/
janeiro-2013

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