segunda-feira, 11 de junho de 2012

Percebi que Clarice e Kafka têm tudo em comum. Que quando escrevo sobre comida é porque estou apaixonado. Que eu preciso de um novo emprego, mesmo gostando do meu emprego atual. Que preciso me esforçar mais nos estudos. Que eu tenho preguiça de gente chata. Que eu tenho preguiça de gente preconceituosa. Que gosto de óculos espalhafatosos. Que gosto de meias coloridas. Que amo Jazz, e isso não me faz jazista, gosto de rock e isso não me faz roqueiro, que eu gosto de rap e isso não me faz um rapper. Que eu não tenho paciência pra explicar porquê as pessoas não devem ser preconceituosas. Que eu tenho acessos de raiva. Que trabalho melhor de madrugada. Que amo falar palavrão. Que eu fico bravo quando não me pagam. Que eu deveria treinar minha concentração. Que eu achei a aula da professora Regina Célia do caralho. Que o professor Jarbas é o mais foda. Que eu estava precisando falar de mim. Que hoje eu queria companhia , feminina, pra fazer amor, e amor, mas antes conversarmos sobre o saco que foi o dia de hoje, e não porque foi um dia ruim, mas porque eu estou insatisfeito e inseguro. Que eu estou com saudade da segurança que Ele me dava ( que Deus o tenha). Que eu gosto muito do meu tênis vermelho. Que preciso de mais umas três camisetas polo e talvez algumas camisas. Que eu não me conformo que aquele café favorito da PUC fechou. Que estou com saudades dos biscoites de polvilho que a minha avó fazia. Que reclamar é divino, que Deus não me ouça. Que eu tomaria a garrafa inteira de café. Que se eu não aprender inglês e francês com fluência em dois anos, no máximo, eu farei jejum de alguma coisa. Que minha mãe acha que a Madonna só mostra os seis. Que os textos que eu escrevo só têm cabimento na minha cabeça. Que eu prefiro ponto à vírgulas. Que eu não entendo direito o que o Rodrigo Amarante canta na música nova do Los Hermanos " um milhão" então eu fico murmurando qualquer coisa pra tentar acompanhá-lo. Que eu preciso ter ânimo pra coisas simples e criar responsabilidade. Que eu viajo muito. Que esse texto é o texto íntimo nº3.

Um comentário:

  1. Percebo tbm, que acho uma delícia quando os seus textos são descabidos, pq eu imagino você dizendo essas coisas todas e eu rio de verdade pra essa tela besta do computador , ainda bem que ela não me ver, isso é bom,concordo com a sua mãe sobre a Madona!

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